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Com Jesus e Com Maria

  • Lygia Ribeiro
  • 22 de out. de 2015
  • 4 min de leitura

Antes de falarmos da importância de Jesus e de Maria em nossas vidas é preciso lembrarmos de uma Verdade essencial: A nossa fé é um acontecimento. Em dado momento histórico, Deus se fez Homem de carne e osso, foi gerado em um ventre materno e habitou entre nós, experimentando todas as nossas condições, exceto a do pecado. Jesus Cristo, o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, escolheu trilhar o caminho do martírio e do sofrimento, para que, em troca do seu preciosíssimo Sangue derramado na cruz, nos fossem dados consolo e salvação.

O corpo de Cristo, que sofreu e ressuscitou, está hoje vivo, presente e se chama Igreja. É isso mesmo. Nós, ao professarmos a nossa fé em Cristo, somos inseridos em seu Santo Corpo e passamos a fazer parte dele, juntamente com Maria, sua Mãe, e todos os Santos e Anjos do céu. Assim como esse corpo foi um dia gestado no ventre da Virgem Santíssima, nós, membros dessa mesma carne, somos levados, empurrados para sermos gerados dentro do ventre, tão terno e tão doce, que gerou Nosso Senhor, tornando-se o primeiro Sacrário vivo do Amor.

Quando esse Amor cruzou nosso caminho, foi impossível continuar a sermos como éramos antes. Quando Jesus encontrou com a Samaritana em Sicar (João 4; 1-42) e a ela revelou quem verdadeiramente é, oferecendo a ela Água do Espírito, aquela que sacia toda a sede e ânsia do coração humano, realizou-se, naquele momento, uma mudança repentina e surpreendente que levou a mulher a anunciar Aquele que era o Messias tão esperado, e mais: Aquele que a conhecia e que a amava. Assim também um dia foi conosco. Conhecemos a Jesus, que nos ofereceu a água da Vida Eterna e saciou toda a sede de nossas almas. Impossível foi deixarmos de caminhar com Ele. Impossível foi deixar o Seu Amor.

De fato, a vida com Jesus não é sempre recheada de consolações e confortos. Somos chamados por Ele a uma vida de renúncias e adversidades, de Cruz e Ressurreição. Jamais nos foi prometido que a caminhada ao lado do Mestre seria um mar de rosas. Afinal, se Ele mesmo foi sinal de contradição e loucura, seus seguidores deveriam - e devem - ser vistos da mesma forma. Mas, ah! Quão doce, queridos leitores, é a Cruz do Mestre. Quão doce é o fardo que carregamos quando aceitamos caminhar com Aquele que é Caminho, Verdade e Vida. Quão doce é, em todos os momentos da vida, seja nas alegrias, seja nas tristezas, olharmos ao redor e sabermos que Cristo caminha conosco e em nós a cada ínfimo instante, olhando nossa pequenez e nos fortalecendo com a sua grandeza.

Ainda que tenhamos, com Jesus, um caminho reto e seguro a trilhar rumo ao Céu, nele não estamos sozinhos. Além da presença do Pai, temos uma mão delicada e terna que se estende a nós e nos conduz rumo ao nosso destino final: é a mão de Maria. Muitas vezes colocamos limitações na devoção que prestamos à Virgem Santíssima, porque temos "medo" que ela ocupe o lugar de seu filho Jesus em nossas vidas. Mas como resistir ou impor limites ao amor da mulher que se fez a menor de todas, escrava e obediente a Deus, para receber em seu ventre a Salvação do mundo, que amou e protegeu seu Filho Amado, que ao lado dele caminhou durante todo o seu tempo e que, silenciosamente, teve o seu coração transpassado da mais suprema dor ao ver a razão de sua vida ser torturada e crucificada?

Correspondamos a esse auxílio que a Virgem nos oferece sempre e seguremos forte em sua mão, pois ela, que já trilhou o caminho do Amor, saberá muito bem nos guiar por ele, nos ajudará a levantarmos de nossas quedas e, como mãe e Senhora, nos instruirá sobre as vontades de seu Filho. Se o caminho parece por vezes muito difícil, Maria vem a nós e nos mostra que há vida e felicidade eternas em seu fim. Como disse São Josemaria Escrivá: "Antes sozinho, não podias... Agora recorrestes à Senhora, e com ela, que fácil!".

Saibamos sempre que é impossível aproximarmo-nos de Jesus sem enxergarmos Maria, assim como é impossível aproximarmo-nos de Maria sem enxergarmos Jesus. Um nos leva ao outro e é por isso que nós, como cristãos católicos, não devemos ter medo de amar a essa linda Virgem, Rainha e Mãe, que nos traz sempre para mais perto do Amor verdadeiro com a sua intercessão, com as suas aparições e súplicas e com seus milagres. Caminhemos na estrada que nos leva a Deus Pai, com Jesus e com Maria sempre ao nosso lado, e nos consagremos aos sagrados corações do Filho e da Mãe, que por nós tanto sofreram e que, juntos, nos sustentam em nossa fé.

Sagrado Coração de Jesus que tanto nos amais, fazei que eu vos ame cada vez mais.

Doce Coração de Maria, sede a nossa salvação.

Amém! ♥

 
 
 

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